O surgimento do Rock In Rio e sua influencia política

Desde que o Woodstock Music & Art Fair, foi realizado na cidade de Bethel em Nova York, entre 15 e 18 de Agosto de 1969, se estabeleceu o padrão para espetáculos de shows de vários dias, tendo assim inúmeros festivais de rock criados à sua imagem. Mas, sem dúvida, nenhum destes jamais capturou o sentimento cultural da sua época, como o original.

A menos, do que talvez, que tenha sido a edição inaugural do Festival Rock in Rio, que, de 11 a 20 de Janeiro de 1985, assumiu a “Cidade Maravilhosa” do Rio de Janeiro em uma arena construída à medida, apropriadamente batizada de “Cidade do Rock”. Que perdura até hoje e espera sua versão de Rock In Rio 2021.

Para uma geração de jovens brasileiros que tinham chegado à idade adulta sob a sombra opressiva de uma ditadura militar, isto significava muito mais do que só um show comum e monumental, de sucesso e talentos musicais bem à sua frente. Para eles, o Rock in Rio era literalmente o som da liberdade, e pode se dizer que é este som que continua a ressoar ao longo dos anos, legitimando o espírito original de uma franquia que, desde então, tem dado origem a múltiplas versões muito além das fronteiras do Brasil.

Desde que o Woodstock Music & Art Fair, foi realizado na cidade de Bethel em Nova York, entre 15 e 18 de Agosto de 1969, se estabeleceu o padrão para espectáculos de shows de vários dias, tendo assim inúmeros festivais de rock criados à sua imagem. Mas, sem dúvida, nenhum destes jamais capturou o zeitgeist cultural da sua época, como o original. A menos, do que talvez, que tenha sido a edição inaugural do Festival Rock in Rio, que, de 11 a 20 de Janeiro de 1985, assumiu a "Cidade Maravilhosa" do Rio de Janeiro em uma arena construída à medida, apropriadamente batizada de "Cidade do Rock". Para uma geração de jovens brasileiros que tinham chegado à idade adulta sob a sombra opressiva de uma ditadura militar, isto significava muito mais do que só um show comum e monumental, de sucesso e talentos musicais bem à sua frente. Para eles, o Rock in Rio era literalmente o som da liberdade, e pode se dizer que é este som que continua a ressoar ao longo dos anos, legitimando o espírito original de uma franquia que, desde então, tem dado origem a múltiplas versões muito além das fronteiras do Brasil. De qualquer modo, não foi uma coincidência que a ditadura militar brasileira de longa data tivesse finalmente gerado as primeiras eleições presidenciais democráticas em 20 anos, marcadas para 15 de Janeiro de 1985.  Ao longo destes catárticos 10 dias, cerca de 1,5 milhões de brasileiros (e visitantes estrangeiros) celebraram a sua liberdade democrática  que foi duramente conquistada na companhia de cerca de 40 estrelas nacionais e internacionais, desde os favoritos locais como Barão Vermelho, Paralamas do Sucesso e Rita Lee, até gigantes globais como o Queen, Rod Stewart, Iron Maiden, Ozzy Osbourne e AC/DC. No momento em que Yes encabeçou a última noite do festival, as emissões televisivas diárias tinham convencido os brasileiros de que o seu futuro imediato estava cheio de promessas e de rock and roll. E no entanto, durante o resto dos anos 80, as condições para a digressão na América do Sul permaneceram, na melhor das hipóteses, precárias pelos padrões globais, e apenas as maiores estrelas geralmente possuíam os recursos ou os meios para se aventurarem a sul da linha do Equador.  Quando faziam, as suas idas se limitavam tipicamente a tocar em uma sequência de datas de estádios apenas nas maiores cidades. Isto acabou por se revelar um grande motivador para a tão esperada segunda edição do Rock in Rio - previsivelmente chamada Rock in Rio II - que teve lugar de 18 a 27 de Janeiro de 1991, desta vez dentro da enorme extensão circular do maior estádio de futebol do mundo, o famoso Maracanã. Mais uma vez, uma seleção impressionante e ecléctica de estrelas nacionais e estrangeiras foi reunida, e enquanto o cenário político e cultural do Brasil na altura não era de modo algum tão dramático, o puro poder das estrelas representadas por pessoas como Prince, Santana, INXS, Billy Idol, Faith No More e até mesmo New Kids on the Block, deixou pouco a desejar.

De qualquer modo, não foi uma coincidência que a ditadura militar brasileira de longa data tivesse finalmente gerado as primeiras eleições presidenciais democráticas em 20 anos, marcadas para 15 de Janeiro de 1985. 

Ao longo destes catárticos 10 dias, cerca de 1,5 milhões de brasileiros (e visitantes estrangeiros) celebraram a sua liberdade democrática  que foi duramente conquistada na companhia de cerca de 40 estrelas nacionais e internacionais, desde os favoritos locais como Barão Vermelho, Paralamas do Sucesso e Rita Lee, até gigantes globais como o Queen, Rod Stewart, Iron Maiden, Ozzy Osbourne e AC/DC. No momento em que Yes encabeçou a última noite do festival, as emissões televisivas diárias tinham convencido os brasileiros de que o seu futuro imediato estava cheio de promessas e de rock and roll.

E no entanto, durante o resto dos anos 80, as condições para a digressão na América do Sul permaneceram, na melhor das hipóteses, precárias pelos padrões globais, e apenas as maiores estrelas geralmente possuíam os recursos ou os meios para se aventurarem a sul da linha do Equador. 

Quando faziam, as suas idas se limitavam tipicamente a tocar em uma sequência de datas de estádios apenas nas maiores cidades. Isto acabou por se revelar um grande motivador para a tão esperada segunda edição do Rock in Rio – previsivelmente chamada Rock in Rio II – que teve lugar de 18 a 27 de Janeiro de 1991, desta vez dentro da enorme extensão circular do maior estádio de futebol do mundo, o famoso Maracanã.

Mais uma vez, uma seleção impressionante e ecléctica de estrelas nacionais e estrangeiras foi reunida, e enquanto o cenário político e cultural do Brasil na altura não era de modo algum tão dramático, o puro poder das estrelas representadas por pessoas como Prince, Santana, INXS, Billy Idol, Faith No More e até mesmo New Kids on the Block, deixou pouco a desejar.

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